quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Lisboa, está percebido?


Depois de conferir o show da talentosa Lily Allen na sexta-feira, parti em direção a Portugal na madrugada de sábado. O Gabriel já estava lá quando eu e Bruno chegamos no aeroporto de Lisboa. O albergue foi difícil de achar, mas valeu muito a pena. Era na verdade um apartamento, melhor impossível, o conforto foi total.

Já imaginava que encontraria bastante brasileiros, mas não pensava que a cultura brasileira fosse tão inserida em Lisboa. Desde guaraná a música, o Brasil estava por tudo. E que coisa boa falar português, inclusive foi bem difícil fazê-lo naturalmente, não tinha jeito, o inglês sempre se metia na frente.

Depois de almoçar bife, arroz, ovo e batata frita num boteco português com típicas toalhas de mesa xadrez partimos em direção ao Castelo de São Jorge. O bonde e os azulejos dos prédios ilustraram a subida. De cima um lindo entardecer cheio de cores e formas.


No domingo a boa era Belém, parte um pouco afastada do centro e muito tradicional graças aos famosos pastéis e a alguns moumentos e prédios antigos. O Mosteiro dos Jerônimos estava fechado para visitação em função de algum evento secreto, mas conseguimos entrar na Igreja onde estão enterrados Camões e Vasco da Gama. Visitamos também a Torre de Belém e o Monumento aos Descobridores, ambos à beira mar. Mas nada como experimentar o pastel de Belém na tradicional confeitaria de 1837, delicioso.




Segunda fomos ao Parque das Nações, região moderna de Lisboa onde aconteceu a Expo 98. Lá tem o oceanário da cidade, lugar fantástico com peixes, tubarões, lontras, pinguins e mais várias espécies marinhas. Muito divertido! Depois de brincar com os animais fomos de ponta a ponta do parque de teleférico. Procurando comida encontramos um buffet maravilhoso com carnes, bacalhau, arroz, feijão, saladas... Ótimo custo benefício. Com a ajuda do guincho conseguimos nos deslocar pra fora do restaurante e dar uma descansada. Passeando pelo lugar achamos uma praça super musical, com instrumentos feitos de pedra, metal e madeira. O sol estava se pondo e daí a diversão foi o minikart, uma espécie de bicicleta em forma de carrinho, bem legal.



Na terça o Gabriel partiu logo cedo e então Bruno e eu fizemos tudo com calma, o dia não estava lá dos melhores, aliás como todo o resto dos dias. Portugal deixou uma ótima impressão, bom e barato, sem muita aglomeração de turistas, uma cidade tranquila e com excelente infra estrutura. Está percebido?


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Quem tem boca vai(a) Roma!



*A título de cultura (quase) inútil, na realidade a frase do título está incorreta. É assim como todos a conhecemos, mas originalmente seria "Quem tem boca vaia Roma", o que faz toda diferença e cá entre nós, mais sentido.

A cidade onde a história está viva foi o mais recente destino. Roma vista do alto de um castelo tem tantas cúpulas de igreja quanto lugares pra comer pizza. Os tons pastéis dos prédios diferenciam a capital italiana do resto da Europa, onde no fim tudo se parece. O mármore também empresta sua cor em forma de bustos e monumentos.


O citado castelo era o do Santo Ângelo, não aquele das Missões, mas aquele construído como Mausoléu do imperador Adriano, logo ao lado do rio Tibre. Mais um dos pontos interessantes que carrega tanta história como recebe turistas. Na verdade é difícil se situar numa cidade como essa, mesmo dentro do Coliseu e do incrível Palatino não dá pra se ter a dimensão de tudo que ali aconteceu. Uma sensação meio maluca de deslocamento em termos de tempo e espaço.


A saga pelo museu do Vaticano até a Capela Sistina vai dando pistas do tamanho do poder da instituição Igreja. Mas é ao adentrar a Basílica de São Pedro que se tem verdadeira dimensão de seu alcançe, sua imensidão oprime até os mais católicos.


A bandeira brasileira na Piazza Navona e os pintores iluminados pelas fontes é um tanto poético. A famosa elegância italiana dá sua cara nas inúmeras grifes da Praça Espanha. O sorvete e a boa comida marcam presença em cada esquina, pra não deixar Veneza sozinha.


No último dos quatro dias o sol veio mais feliz e ajudou numa última volta pela cidade, de mochila nas costas e solita voltei a Fontana di Trevi, apesar de não ter jogado a moedinha, espero voltar a Roma.

domingo, 8 de novembro de 2009

Oslo, gelaaada!

De cada viagem se aprende alguma coisa, pois a ida a Oslo ensinou a confiar na previsão do tempo e respeitar o frio! A princípio temperaturas baixas estavam a empolgar, mas ao enfretá-las passaram a congelar. Logo ao descer do avião os flocos de neve fizeram as vezes de anfitriões e proporcionaram minha primeira neve. Que emoção gelada!



Conhecendo a área no primeiro dia encontramos a famosa Oslo Opera House à beira mar com sua arquitetura arrojada que permite caminhar por cima do prédio. Circulando mais um pouco confirmei aquilo do que já tinham me alertado, a capital norueguesa é caríssima. Apesar disso, ainda foi possível fazer uma viagem barata considerando que praticamente todas as atrações da cidade são gratuitas.


Um dos lugares interessantes é o prédio do Prêmio Nobel da Paz onde mês passado Barack Obama esteve e foi declarado vencedor. Outro lugar imperdível é o enorme
Vigeland Sculpture Park, área onde 212 esculturas em bronze e concreto criadas por Gustav Vigeland ilustram a enorme área verde. Suas obras retratam acontecimentos da vida humana como nascimento, infância, adolescência, primeiro amor, maturidade, família, velhice e a morte. É composta de vários conjuntos formando uma bonita composição final.



No sábado o sol mostrou a cara pela primeira vez em três dias, o que não durou 15 minutos, envergonhado logo se escondeu de novo. Daí foi o momento de fazer um tour pelos museus, de Arquitetura, Arte Moderna e do Munch.




Com a volta bem planejada de acordo com as informações do terminal de ônibus, chegamos com tempo de sobra pra voltar ao aeroporto, mas alguém pediu com emoção de novo. Então obviamente alguma coisa deu errada, em resumo o horário do ônibus que nos passaram não existia, tivemos que pegar outro ônibus, parar num posto de gasolina no meio da estrada, chamar um táxi e gastar os últimos "dinheiros noruegueses" pra chegar a tempo pro vôo. Fomos litralmente os últimos a embarcar no vazio avião de volta a Londres.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Thorpe Park


Olááá pessoaaaaal! O fato desse oi esticado é porque ainda estou me recuperando das emoções sentidas hoje que foram acompanhadas de muitos gritos. Voltando a infância fui ao Thorpe Park com o Bruno e a Bebel e me diverti a valer andando em montanhas russas e brinquedos que embrulham o estômago. A programação começou cedo, afinal ainda tinha que pegar o metrô, um trem e um ônibus até o parque.

O dia não estava lá uma maravilha, obviamente, ainda estamos na Inglaterra e junto a isso o frio chegou por aqui. Mas o cinza do céu não protagonizou e a animação era geral. O começo foi um tanto frustrante, uma das montanhas russas estava fechada, e ela não era qualquer montanha russa, era a Stealth, uma queda de apenas 62 metros de altura!


Bom, superada a decepção seguimos para a próxima atração, o Nemesis Inferno. Pendurados pela parte de cima do carrinho e com os pés balançando que nem criança pequena andando de balanço fomos bem na frente, pra sentir toda emoção que se tinha direito. E nossa, o estômago já teve sua primeira idéia do que seria o resto da quinta-feira.


Em seguida A atração, eu escrevi "a" com letra maiúscula. Pra quem já viu o filme Jogos Mortais até pode se ter uma idéia, mas nada mais do que uma idéia de quão assustador pode ser uma montanha russa com esse tema. Depois de uma fila de 60 minutos e do sinal da cruz sentamos bem na frente de novo e lá se foi o carrinho. Eu não tenho palavras pra descrever, mas um vídeo, rá!



O problema é que depois de andar nesse brinquedo nada mais supera a emoção, ainda tentamos indo na Colossus, uma volta cheia de loopings que só me deixou mais enjoada. Arrisquei um pouco mais e andamos no Rush, um pêndulo gigante que finalizou o meu mal estar, infelizmente.


A partir dai tive que dar uma pausa e só esperar o pessoal na saída, eu e as mães com seus livros. Após certo alívio com um refrigerante e uma encostadinha num banco me recuperei e seguimos a diversão, pra finalizar mais uma volta no SAW, agora de noite e totalmente no clima do filme.



terça-feira, 6 de outubro de 2009

DUBLIN


Em uma viagem tranquila e curta conheci Dublin, capital irlandesa bastante parecida com Londres. Se juntaram a mim Bruno e Gabriel. De mais impressionante posso dizer que foi a Long Room da antiga biblioteca do Trinity College (infelizmente não se podia tirar fotos internas). Nessa sala ficam os 200 mil livros mais antigos do lugar e sua estrutura é muito bonita.


O Temple Bar caracteriza bastante a nossa idéia de Irlanda, um pub antigo com música típica ao vivo e diferentes cervejas tradicionais. A maioria das construções antigas da cidade se parecem, em estilo medieval, de pedra cinza.



Os parques tinham uma mistura de outono e primavera, plátanos secos pelo chão e jardins floridos com cores intensas. O friozinho deu um clima ainda mais Europeu, porque pra mim esse continente combina mesmo é com frio.


Depois de dar um alô pro Oscar Wilde em cima da pedra fomos finalmente visitar a Guinness, cerveja do tipo stout irlandesa inaugurada em 1759 bastante conhecida pelo velho continente. A fábrica é enorme e ainda funciona no mesmo lugar, lugar esse que está alugado em contrato de 9000 anos por 45 libras por mês desde o início da produção da bebida. Valeu pela vista do alto do bar e pelo pint incluído no preço, obviamente.





quinta-feira, 24 de setembro de 2009

West Ham 2 X 3 Liverpool

Bem amigos caroneiros! Mesmo debilitada do estômago após a viagem a Berlim (lê-se caganeira berlinense) me fui ver o Presunto do Oeste, entende-se West Ham, receber a Piscina de Fígado, traduz-se de Liverpool. O time de Upton Park, região de Londres onde fica o Boleyn Ground, não é conhecido exatamente pelo seu bom futebol, mas sim pelo hooliganismo de seus torcedores. No jogo anterior ao que assisti houve uma briga generalizada entre as torcidas do West Ham e de seu rival mais violento Millwall. De qualquer maneira, de violento nessa partida só as pontadas na minha barriga mesmo.

Chegamos mais ou menos 15 minutos antes do kick off, tudo na maior tranquilidade, inclusive quase matei a saudade daquele cheirinho de entrada de estádio. Uma mistura de cerveja, cachorro quente, cigarro e xis!

Diferente do Brasil, aqui não tem revista na entrada, mesmo com esse retrospecto de violência. O que tinha era, além de bastante policiamento, detectores de metal onde se passava de forma voluntária.

O jogo em si até foi bem pegado, mas no fim o Torres destruiu com tudo e o Liverpool ganhou com sobra, 3 a 2 (em vídeo o gol de empate do West Ham de pênalti). Em termos de torcida nada emocionante, foi apenas surpreendente que os visitantes cantaram mais e mais alto. O pessoal do West Ham tentava engrenar uma resposta, mas nunca passava de cinco minutos de cantoria.



Detalhes interessantes:
- Tem cerveja no estádio. O que não pode é levar pros assentos, mas beber no bar é inteiramente permitido.
- Na entrada do jogo é vendido o programa da partida em forma de revista. Ali você pode acompanhar as últimas notícias dos dois times e ainda o que acontecerá durante os 90 minutos, coisas como cartões amarelos, faltas, gols...
- No corredor do bar e do banheiro ficam televisões que transmitem o jogo, algo bastante útil quando se vai comprar alguma coisa ou aliviar-se.
- Graças ao telão no gramado e às televisões nos corredores é possível ver e rever os lances do jogo com mais precisão e calma.


domingo, 20 de setembro de 2009

Berlim!


Bom pessoal, pensei que nunca passaria por um risco maior de perder um vôo como na ida para Amsterdã, mas estava errada. O aeroporto de onde saem os vôos baratos em Londres fica a 1 hora de distância de ônibus da estação de Victoria, na região central da cidade. Agora quando acontecem dois acidentes no caminho a coisa complica um poquinho. O fato é que chegamos em Stansted 15 minutos depois de o portão de embarque já ter sido fechado. O vôo estava marcado para às 18h45 e tínhamos então aproximadamente 15 minutos para passar na segurança e chegar até o portão 48. Em resumo, depois de muito imaginar o que faria naqueles dias de folga em Londres, corri como uma louca pelos corredores e conseguimos chegar a tempo. Inacreditável.


Chegando na cidade com tranquilidade encontramos o albergue, muito legal. Tudo muito bom. E partimos para conhecer a tal Alexander Platz à noite. De dia a estratégia foi pagar pelo café da manhã e fazer aquele sanduba para levar escamoteado pro almoço. Perfeito!

Com comida garantida na mochila rumamos ao Portão de Brandemburgo na Parisier Platz. Logo ali perto tem o monumento ao Holocausto e o Reichstag, prédio importante na vida política da Alemanha. Valeu a dica do Gabriel, subimos no último andar e deu pra ter uma vista interessante dos dois lados que antes eram divididos na cidade.


Caminhando entre uma rua e outra achamos parte do muro, que loucura. Estar em Berlim e lembrar tudo que aconteceu por lá é uma sensação maluca. E por falar em sensações, não tem nada comparável com o sentimento de estar em um antigo campo de concentração. É algo indescritível.


Berlim deixou a idéia de cidade tranquila e muito bonita. A ilha dos museus, por exemplo, tem um clima muito legal à beira do rio com prédios lindíssimos. Uma atmosfera de fim de tarde muito agradável.


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