quinta-feira, 24 de setembro de 2009

West Ham 2 X 3 Liverpool

Bem amigos caroneiros! Mesmo debilitada do estômago após a viagem a Berlim (lê-se caganeira berlinense) me fui ver o Presunto do Oeste, entende-se West Ham, receber a Piscina de Fígado, traduz-se de Liverpool. O time de Upton Park, região de Londres onde fica o Boleyn Ground, não é conhecido exatamente pelo seu bom futebol, mas sim pelo hooliganismo de seus torcedores. No jogo anterior ao que assisti houve uma briga generalizada entre as torcidas do West Ham e de seu rival mais violento Millwall. De qualquer maneira, de violento nessa partida só as pontadas na minha barriga mesmo.

Chegamos mais ou menos 15 minutos antes do kick off, tudo na maior tranquilidade, inclusive quase matei a saudade daquele cheirinho de entrada de estádio. Uma mistura de cerveja, cachorro quente, cigarro e xis!

Diferente do Brasil, aqui não tem revista na entrada, mesmo com esse retrospecto de violência. O que tinha era, além de bastante policiamento, detectores de metal onde se passava de forma voluntária.

O jogo em si até foi bem pegado, mas no fim o Torres destruiu com tudo e o Liverpool ganhou com sobra, 3 a 2 (em vídeo o gol de empate do West Ham de pênalti). Em termos de torcida nada emocionante, foi apenas surpreendente que os visitantes cantaram mais e mais alto. O pessoal do West Ham tentava engrenar uma resposta, mas nunca passava de cinco minutos de cantoria.



Detalhes interessantes:
- Tem cerveja no estádio. O que não pode é levar pros assentos, mas beber no bar é inteiramente permitido.
- Na entrada do jogo é vendido o programa da partida em forma de revista. Ali você pode acompanhar as últimas notícias dos dois times e ainda o que acontecerá durante os 90 minutos, coisas como cartões amarelos, faltas, gols...
- No corredor do bar e do banheiro ficam televisões que transmitem o jogo, algo bastante útil quando se vai comprar alguma coisa ou aliviar-se.
- Graças ao telão no gramado e às televisões nos corredores é possível ver e rever os lances do jogo com mais precisão e calma.


domingo, 20 de setembro de 2009

Berlim!


Bom pessoal, pensei que nunca passaria por um risco maior de perder um vôo como na ida para Amsterdã, mas estava errada. O aeroporto de onde saem os vôos baratos em Londres fica a 1 hora de distância de ônibus da estação de Victoria, na região central da cidade. Agora quando acontecem dois acidentes no caminho a coisa complica um poquinho. O fato é que chegamos em Stansted 15 minutos depois de o portão de embarque já ter sido fechado. O vôo estava marcado para às 18h45 e tínhamos então aproximadamente 15 minutos para passar na segurança e chegar até o portão 48. Em resumo, depois de muito imaginar o que faria naqueles dias de folga em Londres, corri como uma louca pelos corredores e conseguimos chegar a tempo. Inacreditável.


Chegando na cidade com tranquilidade encontramos o albergue, muito legal. Tudo muito bom. E partimos para conhecer a tal Alexander Platz à noite. De dia a estratégia foi pagar pelo café da manhã e fazer aquele sanduba para levar escamoteado pro almoço. Perfeito!

Com comida garantida na mochila rumamos ao Portão de Brandemburgo na Parisier Platz. Logo ali perto tem o monumento ao Holocausto e o Reichstag, prédio importante na vida política da Alemanha. Valeu a dica do Gabriel, subimos no último andar e deu pra ter uma vista interessante dos dois lados que antes eram divididos na cidade.


Caminhando entre uma rua e outra achamos parte do muro, que loucura. Estar em Berlim e lembrar tudo que aconteceu por lá é uma sensação maluca. E por falar em sensações, não tem nada comparável com o sentimento de estar em um antigo campo de concentração. É algo indescritível.


Berlim deixou a idéia de cidade tranquila e muito bonita. A ilha dos museus, por exemplo, tem um clima muito legal à beira do rio com prédios lindíssimos. Uma atmosfera de fim de tarde muito agradável.


Próximo post: West Ham 2 X 3 Liverpool

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Amsterdam, fucking amazing!

A viagem para Amsterdam, cidade conhecida pela legalização do ilegal e por atiçar a curiosidade do mundo, já começou de maneira emocionante em Londres. Depois de quase perder o vôo e se perder no aeroporto conseguimos chegar lá.


O nosso albergue-barco era o cartão de boas vindas à peculiaridade do lugar. Era literalmente um barco localizado no píer da cidade e muito simpático. Como muitas das cidades da Europa, Amsterdam é envolvida por água, entre ruelas e pontes o que toma conta da cidade são as bicicletas. Sem exagero nenhum posso dizer que ser atropelado é uma possibilidade iminente.

No primeiro dia a programação era conferir o famoso bairro da Luz Vermelha, onde prostitutas expostas em vitrines, shows de sexo ao vivo e sex shops são a atração. Além disso tem as conhecidas coffee shops onde vários tipos de maconha são vendidos como cerveja listados em um cardápio. Todo essa atmosfera completamente diferente fazem da cidade holandesa um lugar imperdível para quem visita o velho continente.

Tentando fotografar as meninas da vitrine

Mas nem só de sexualidade e drogas é feita Amsterdam. O museu do Van Gogh e o Rijksmuseum são os protagonistas dos espaços culturais. E pra quem não é lá muito de museus e gosta sim é de cerveja tem o imperdível Heineken Experience, um espaço extremamente interativo e bem feito onde todo o processo de preparação da bebida é explicado. Um passeio de barco também é programa obrigatório na cidade, várias empresas fazem passeios que duram em média uma hora. Confesso, porém, que não é lá muito emocionante, vale a experiência, mas nada demais.


Conhecemos também o estádio do maldito Ajax, com direito a tour e tudo. Bem interessante a estrutura interna do estádio. Ainda deu tempo de entrar num cassino onde conseguimos arrecadar em máquinas de caça níqueis aproximadamente 10 euros. Não sei o que passava, acho que as pessoas simplesmente esqueciam algumas moedas ou não davam bola pra 50 centavos, eu dei.

Pois bem, o próximo destino foi Berlim, por isso o próximo post será Berlim. Rá!

domingo, 6 de setembro de 2009

BBC Proms at Royal Albert Hall

Hey there! A vida por aqui anda bem, o trabalho vai se endireitando e ficando, pelo menos um pouco, menos cansativo. E para aliviar as tensões do dia a dia com ratos na cozinha e mil roupas de criança para dobrar me dei ao luxo de apreciar a música clássica.


Na sexta-feira, 4 de setembro, fui ao requintadíssimo Royal Albert Hall, espaço construído pela Rainha Victoria em 1871 e que hoje recebe todo tipo de evento incluindo shows musicais de todos os estilos, jogos de tênis, entrega de prêmios, comunitários e escolares e arrecadação para entidades de caridade. O prédio agora é popularmente conhecido por abrigar o The Proms, temporada de shows de música clássica no verão que acontece desde 1895.

O concerto que assisti tinha a seguinte programação:

Ligeti Atmosphères
Mahler Kindertotenlieder
Schoenberg Five Orchestral Pieces, Op. 16
R Strauss Also sprach Zarathustra

Matthias Goerne baritone

Gustav Mahler Jugend-orchester Jonathan Nott conductor

Pra quem não é lá expert como eu, posso dizer que foi muito interessante, o lugar é fantástico e a clássica música de 2001: Uma odisséia no Espaço foi tocada, incrível.